A dupla Francisco Carvalho/Miguel Cristóvão, no McLaren 570S GT4 da Araújo Competição, venceu destacada, ao início da tarde deste sábado, a primeira corrida da jornada de encerramento do Campeonato de Portugal de Velocidade (CPV) by Hankook e do Iberian Supercars Endurance, no Autódromo do Estoril, com uma vantagem de 2.723s face aos espanhóis Fernando Navarrete e Gonzalo de Andrés, no McLaren 570S GT4 da SMC Motorsport.
Com a pista bastante molhada de início e a secar aos longo dos 45 minutos de corrida, Carvalho e Cristóvão tiveram um início algo atribulado, mas depois souberam contornar na perfeição as dificuldades para garantirem o tão ansiado triunfo… “Falhei o arranque, pois tinha pneus novos, e caí para sétimo, demorando algumas voltas até limpar a goma dos pneus. A partir daí fui recuperando, acabando por ser o mais rápido em pista, até entregar o carro ao Miguel na primeira posição”, adiantou Francisco Carvalho, enquanto o seu parceiro Miguel Cristóvão acrescentava: “Já merecíamos e há muito perseguíamos esta vitória, depois de tantas contrariedades que nos impediram de já ter o campeonato decidido. Andei umas voltas a estudar o comportamento do McLaren do Andrés, até conseguir ultrapassá-lo, para depois conseguir uma vantagem confortável”.
Na fase inicial, Jorge Rodrigues (Audi RS8 LMS GT4) foi quem liderou, antes de Manuel Gião (Mercedes-AMG GT4) lhe suceder, mas tudo mudou de figura, sobretudo depois da troca de pneus. “Depois da entrada do safety-car o Jorge, que arrancara muito bem, começou a sentir um excessivo aquecimento dos pneus, com o Audi a escorregar demasiado e eu próprio ainda tentei atacar o Cristóvão, mas estive quase a sair de pista duas ou três vezes. Tive que aguentar…”, explicou, no final, Patrick Cunha, enquanto Gião confessava não conseguir perceber o que acontecera com ele, o seu colega e a equipa Lema Racing: “Sinceramente, ainda não entendi o que aconteceu e vamos analisar tudo com calma, pois entreguei o Mercedes ao Elias no segundo lugar e depois acabámos a perder mais de uma dezena de segundos”.
Para a equipa espanhola SMC Motorsport, os objetivos foram plenamente alcançados, como fazia questão de salientar Gonzalo de Andrés, que juntamente com Fernando Navarrete levou o McLaren 570S GT4 ao segundo lugar absoluto e primeiro da classe GT4 Pro: “Fizemos uma corrida muito boa e tranquila, dominando e vencendo a nossa classe, de modo a reforçar a nossa posição no campeonato. Agora, é tentar repetir este resultado amanhã…”
Uma diferença final inferior a um segundo separou a dupla Navarrete/Andrés dos seus colegas de equipa Guillermo Aso/Tomás Pintos, no segundo McLaren 570S GT4, que fecharam o “top 5”, na frente dos vencedores da classe GTC. Bruno Pires, acompanhado de Fábio Mota, do Porsche 911 Cup da Fabela Sport, foi um dos protagonistas nas primeiras voltas, ao rodar entre os primeiros, até se despistar e cair para meio do pelotão. E por fazer uma paragem demasiado rápida nas boxes para troca de pilotos foi penalizado com uma entrada nas boxes, mas nem por isso perdeu a primazia da classe, confirmando a conquista do título de campeão no CPV. “Claro que estou feliz pelo título, só possível graças à ajuda do Fábio Mota, da Fabela Sport e da minha família. O mérito é mais deles…”, afirmou Bruno Pires, no final.
No segundo lugar da classe terminaram Álvaro Ramos e Leandro Ribeiro, no McLaren 570S GT4 da Araújo Competição, e o primeiro manteve a liderança no Iberian Supercars: “Foi a primeira vez que competi à chuva e correu bem, fazendo parte da minha aprendizagem como piloto amador. De resto, o resultado acabou por ser também muito bom, pois continuo à frente do campeonato”, adiantava Ramos, visivelmente feliz.
Daniel Teixeira, no CUPRA TCR da JT59 Racing Team, confirmou o seu favoritismo na classe TCR, dominando de fio a pavio a dupla do Hyundai Elantra N TCR, Luís Silva e António Coimbra. “Consegui parte do objetivo, que era vencer, mas faltou-me a volta mais rápida e com a pista molhada não quis arriscar demasiado. A única hipótese de eu ser campeão é amanhã [domingo] vencer a corrida e fazer a volta mais rápida”, referia Teixeira, enquanto Coimbra falava assim da sua tarefa: “Sabíamos de antemão que era difícil vencer o Teixeira e, portanto, apostámos na obtenção da volta mais rápida, o que consegui, pois a nossa boxe dava-me informações volta a volta dos tempos do nosso adversário. Agora fica tudo em aberto para a segunda corrida no que respeita ao título”.
Corrida 1 (classificação provisória)
1º, Francisco Carvalho/Miguel Cristóvão (Araújo Competição/McLaren 570S GT4/GT4 Bronze), 22
voltas
2º, Fernando Navarrete/Gonzalo de Andrés (SMC Motorsport/McLaren 570S GT4/GT4 Pro), a 2.723s
3º, Jorge Rodrigues/Patrick Cunha (Veloso Motorsport/Audi R8 LMS GT4/GT4 Bronze), a 10.535
4º, Manuel Gião/Elias Niskanen (Lema Racing/Mercedes-AMG GT4/GT4 Pro), a 11.150
5º, Guillermo Aso/Tomás Pintos (SMC Motorsport/McLaren 570S GT4/GT4 Pro), a 13.148
6º, Bruno Pires/Fábio Mota (Fabela Sports/Porsche 911 Cup/GTC), a 44.561
7º, Daniel Teixeira (JT59 Racing Team/CUPRA TCR/TCR), a 1.07.625
8º, Pedro Bastos Rezende/Quique Bordás (Garagem João Gomes/Porsche Cayman GT4/GT4 Pro),
a 1.08.802
9º, Andrius Zemaitis (ProGT/Porsche Cayman GT4/GT4 Bronze), a 1.09.593
10º, Luís Silva/António Coimbra (Sports & You/Hyundai Elantra N TCR/TCR), a 1.29.743
11º, Álvaro Ramos/Leandro Ribeiro (Araújo Competição/McLaren 570S GT4/GTC), a 1.55.864
12º, José Correia/Gabriela Correia (JC Group Racing/Mercedes-AMG GT4/GT4 Bronze), a 1 volta
13º, Oscar Pires/Tomasso Lovati (Lema Racing/Porsche Cayman GT4/GT4 Pro), a 1 volta
14º, Tomás Pinto Abreu/Alvaro Fontes (Tockwith Motorsport/Ginetta G50/GTC), a 2 voltas
DNF Paulo Oliveira (Veloso Motorsport/Porsche Cayman GT4/GT4 Bronze)
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