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Álvaro Ramos foi Vice-Campeão da classe GTC

“A regularidade permitiu-me somar pontos sem nunca fechar a porta a ninguém"



Na sua segunda temporada de competições e primeira completa, Álvaro Ramos destacou-se, claramente, entre os pilotos amadores no Campeonato de Portugal de Velocidade (CPV) e no Iberian Supercars Endurance esteve na discussão do título da categoria GTC até à última prova, no Autódromo do Estoril. E só a desistência forçada (o seu colega Leandro Martins viu-se envolvido num acidente, ficando com o carro irrecuperável), no início da segunda corrida, o deixou apeado do troféu de campeão, algo que, no início da época, nunca esteve nos seus projetos…



“As minhas expetativas não eram tão grandes, atendendo a que era a primeira vez que ia disputar um campeonato do princípio ao fim. Portanto, estava focado, acima de tudo, em aprender e conhecer os circuitos. Depois, tenho um problema: não consigo treinar no simulador porque causa-me enjoo e isso representou uma dificuldade acrescida. Além de ser mais velho que os outros pilotos e também mais pesado. Decidi participar no CPV e no Iberian Supercars Endurance para me divertir e gozar, porque sempre gostei imenso de carros, nunca tive qualquer ambição de ganhar nada. Antes de correr levava os meus carros desportivos para os track days e ainda lá destruí alguns… Estou numa fase de vida consolidada, ao contrário do que sucedia quando era mais novo, mas aí faltavam-me as condições para concretizar o sonho de competir, só que hoje já não sou jovem nem tão atrevido ao volante. É o que é…”, explicou o piloto da Araújo Competição.



Álvaro Ramos, que conduziu um McLaren 570S GT4 Trophy, não esconde que o conjunto de resultados somado ao longo desta época é o somatório da sua conduta em pista.



“Os meus adversários são mais profissionais e não fugiam às ‘escaramuças’, buscando sempre ganhar uma posição na primeira curva. Eu não, quis estar longe das confusões e mesmo com chuva, em que a visibilidade é reduzida e aumenta a probabilidade de eu ter um acidente, reduzi logo o andamento. Como não tinha que ganhar provas, a minha regularidade permitiu-me ir somando pontos sem nunca fechar a porta a ninguém, mas verifiquei que há pilotos muito agressivos em pista. Fiz o meu percurso, em termos de aprendizagem, cumpri um sonho e claro que estou satisfeito por ter sido vice-campeão na categoria GTC dos Supercars”.



Com uma carreira de dois anos na velocidade, Álvaro Ramos, embalado pelo entusiasmo de uma aprendizagem consolidada, já faz planos para 2023, mas as decisões só mais tarde…



“O passo seguinte, depois de concluída a temporada, é reunir com a equipa [Araújo Competição] e analisar tudo. Gostei muito de competir nos dois campeonatos, mas, agrada-me a ideia de fazer corridas mais longas. Não sei, será um caso a pensar…”.








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